quarta-feira, 12 de março de 2014


                           A cor da morte

                   A morte não tem cor de espécie alguma,
                   pois consoante  as civilizações
                   ora a pintam de branco ora de bruma
                   ora da cor da noite e dos carvões.

                   Cor de açafrão também há quem a pinte,
                   ou seja, de amarelo, o que revela
                   entre os orientais certo requinte
quanto ao conceito que eles fazem dela.

De azul é que ninguém nunca a pintou
nem corde-rosa, mesmo quando acaso
em derradeira instância a desejou.

Em conclusão, podemos afirmar
que a morte, consoante cada caso,
possui a cor… que se lhe queira dar!

      João de Castro Nunes

         

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