Tinha de ser!
Um neto nosso um dia há-de sentar-se
nos cadeirais, onde eu não quis fazê-lo,
a fim de receber o seu capelo
com toda a pompa… para doutorar-se.
Se neste mundo eu já não me encontrar,
o que será mais certo, e antes seja,
ainda que, portanto, eu já não veja,
não deixarei de me congratular.
Havemos de arranjar-nos a preceito,
com fitas e medalhas sobre o peito,
para assistir do céu… à cerimónia!
Ambos junto de Deus, sem acrimónia,
tomaremos, amor, a colação
como uma espécie de reparação!
João de Castro Nunes
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