Retrospectiva
num banco de jardim ou de avenida
e em paz comigo, sem qualquer alarde,
rever como num filme a minha vida:
a minha infância, os meus estudos, tudo
o que me sucedeu durante os anos
da minha juventude e, sobretudo,
as minhas ilusões… e desenganos.
Quanta baixeza vi, quanta nobreza
achei também em muita criatura
com quem lidei sem sombra de vileza!
Mas o que mais me assombra é constatar,
“alma minha gentil”, a quanta altura
minha paixão… por ti… pôde chegar!
João de Castro Nunes
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