Reverso
da medalha
Em homenagem a António Botto
Não precisaste de ser água, amor,
para límpida ser e cristalina,
puríssima, translúcida, hialina
de corpo e alma, imagem do pudor!
Não precisaste, amor, de ser estrela
para dar luz à tua volta, quando
a noite sobre a terra ia baixando,
porque tu própria foste luz por ela!
De flor não precisaste de fazer
porque para cheirar ao seu perfume
bastava o que deitavas sem o ser!
Tu só, por ti, sem nada acrescentar,
foste e serás o anjo do meu lar,
água da fonte, luz, conforto e lume!
João de Castro Nunes
Entre verso e reverso da medalha
ResponderEliminaro anverso compreende ao que atende
por vezes em nossas conquistas a falha
que nem estende-se a tralha e defende.