Ar da côrte
Tenho uma neta que se
chama Rita,
menina boa, alegre, alma lavada,
o coração nas mãos, cara bonita…
acho melhor eu não dizer mais nada!
Por sua mãe, na história da nação,
tem milhentos avós de alta linhagem
que em certo modo explicam a razão
da sua fina e afidalgada imagem.
Traz-me à ideia, além da formosura,
a altiva e inquebrantável compostura
de uma ancestral avó perante a morte.
Mas, do teu lado, lembra-me porém,
ó
meu amor e sua avó também,
o teu inconfundível… ar da côrte!
João de Castro
Nunes
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