O último
ídolo
Quando um ídolo cai na nossa vida
por se verificar que não passava
de mero espinho de roseira brava,
logo outro vem curar essa ferida.
Repete-se o fenómeno em questão
com certa indesejada frequência
por virtude talvez da contingência
que afecta a nossa humana condição.
Uns após outros vão-se desfazendo
os ídolos em pó, sem qualquer jeito
de susceptíveis serem de remendo.
Persista ao menos um, sem pés de barro,
que até final mereça o meu respeito,
os dois bebendo pelo mesmo jarro!
João de Castro Nunes
Sandálias que toleram do caminho.
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