domingo, 15 de julho de 2012


                                            O céu na terra


Como eras linda, amor, como eras linda!
no teu formoso rosto, meigo e doce,
não existia imperfeição que fosse,
sorrindo sempre com ternura infinda.


Os pobres e doentes que te viam,
quando contigo acaso se cruzavam,
dir-se-ia até que logo melhoravam
e menos miseráveis se sentiam.


Como era bom contigo caminhar
de braço dado ou mão entrelaçada,
vendo-te a dor alheia partilhar!


Se ao fim desta existência que vivi
                            sempre ao teu lado não houver mais nada,
                            já tive o céu na terra… ao pé de ti!


                                      João de Castro Nunes

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