Manter a
ilusão
Se em corpo e alma eu tenho que morrer
desfeito em pó, a nada reduzido,
Deus não devia ter-me permitido
sonhar contigo, ó meu amor, sequer!
Foi um acto cruel da sua parte
deixar que nos amássemos os dois
da forma como foi, para depois
eu não poder voltar a encontrar-te.
Era um escárnio, ante um amor tão forte,
não haver esperança… de existir
uma outra vida para além da morte.
Por isso tenho fé que Deus não há-de
desiludir-me quando eu tiver de ir,
que mais não
seja só por caridade!
João
de Castro Nunes
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