Morrer de
enganos
Nas tuas violetas estás viva,
que todas as manhãs tiro do sol;
tu estás viva em cada caracol
que te cortei da trança respectiva!
Tu estás viva em tudo que me cerca:
na roupa perfumada que deixaste,
nos teus anéis, em tudo quanto usaste
e que guardei para que não se perca!
Tu estás viva nas fotografias
que eu te tirei ao longo destes anos
em cada festa de anos que fazias!
Em mim viva te
encontras, amor meu,
enquanto que eu, sabendo-te no céu,
em ti morrendo vou com tais enganos!
João
de Castro Nunes
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