Sonhos de
império
Morreu o império que Camões
cantou:
com o rodar dos tempos imparável
peça a peça caiu, nada ficou
senão uma memória inapagável.
De nada serve soluçar de pena,
há que aceitar as coisas como são:
baixou o pano, terminou a cena,
vivamos doravante de ilusão.
Pensemos que já fomos os maiores,
que o mundo já foi nosso quase todo
moldando-o em grande parte ao nosso modo.
Na herdada presunção de grão-senhores,
sonhemo-nos os donos da Ameríndia
vivendo à laia… dos rajás da Índia!
João
de Castro Nunes
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