domingo, 17 de junho de 2012


                                Pinheiro manso


                   Tenho um pinheiro manso no quintal,
                   de tronco largo e copa arredondada,
de cujo lenho foi aparelhada
para o meu berço a tábua principal.


Tem um aroma intenso, especial,
que entrando pela porta escancarada
                   me deixa a casa toda perfumada
desde a cozinha ao quarto de casal.


Inspira-me um litúrgico respeito,
pois foi à sua sombra que aprendi
a amar este país… em que nasci.


Passo horas a olhá-lo do balcão
na crença de que um dia o meu caixão
daquele mesmo tronco há-de ser feito!


          João de Castro Nunes



4 comentários:

  1. No meu quintal há um pinheiro br avo
    Malvado, que só me suja o chão!
    Por causa de ele ser assim tão bravo
    É que um dia, vou pedir a cremação.

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  2. Por tão mal o tratar, pode ocorrer
    que a lenha para a sua cremação
    desse pinheiro bravo venha a ser
    quando chegada for... a ocasião!

    JCN

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  3. A risco cortara o céu
    fora a luz o fogaréu,
    aquele dedo percebera
    ao pinheiro e tocara.

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  4. Ó vô, a Cláudia não precisa da poesia para viver, pois não?

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