Face ao teu
retrato
No interior da casa que deixaste
e
nela confessavas ser feliz
a
cada instante o coração me diz
que
tu de todo não me abandonaste.
Paira
no ar uma ternura imensa,
um
aroma de ti que se difunde
por
todo o lado e quase me confunde
por
já não ser real tua presença.
Olhando
na parede o teu retrato,
uma
onda de saudade me atravessa
e
me devolve, amor, o teu contacto.
Por
todo o lar, como avezinha solta
que em liberdade a vida recomeça,
esvoaçar te sinto… à minha volta.
João de Castro
Nunes
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