Dias de chumbo
Há dias em que a pena de escrever
me pesa toneladas, como se
de chumbo fosse, ainda mesmo que
mais leve seja do que um malmequer!
São dias em que um denso nevoeiro
me envolve a mente e tolda o coração
numa espécie de imensa depressão
que se prolonga pelo dia inteiro.
Dá-me vontade… de partir a pena
e o tinteiro entornar sobre o papel
que só de vê-lo a alma me envenena!
Há dias, poucos, aliás, assim,
que parecendo ter um gosto a fel
de quando em vez desabam sobre mim!
João de Castro Nunes
Ao vinte e dois a maio! Tempo três anos, da lua
ResponderEliminara pedra veio e pousara em Coimbra para exposição.
Lá equivale sem gravidade o chumbo a pena, c'alma!
Diáfano, sentir o gosto de mel, colibri é benção.