terça-feira, 8 de maio de 2012


                                    “Cousas”


                  Pessoa, para ti “cousas” são “cousas”
                   e nada mais do que isso, expressamente:
                   rosas são rosas e, na tua mente,
                   placas de xisto não são mais que lousas.


                   Já para Pascoaes, seja o que for,
                   calhau, pequena pedra no caminho,
                   um cardo, um par de pássaros no ninho,
                   são susceptíveis de sentir… amor!


                   Tudo tem alma, até mesmo o granito
                   que ao fim de milhões de anos, com certeza,
                   há-de ser luz ou chama no infinito.


                   Ó Poeta do Marão, diz-me a verdade:
                   tu sentes mesmo... que na Natureza
                   todas as "cousas" sofrem de Saudade!


                              João de Castro Nunes
                  
                   

1 comentário:

  1. Cláudia S. Tomazi8 de maio de 2012 às 17:09

    Existe, existe! É o mar a bramir,
    a cadente em risco de fogo surgir,
    é o vento do alento ou brisa suave.
    És porção saudade, água de fonte, ave!

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