quinta-feira, 26 de abril de 2012


Soneto nº 1.300


                             A República


                   Que linda era a República de início,
                   figura de mulher escultural,
                   sem pinta de impureza facial
                   nem sombra de pecado ou qualquer vício!


                   Depois, no que ela deu, meu Deus do céu!
                   tornou-se um estafermo debochado
com mazelas de pus por todo o lado,
ocultas por detrás de espesso véu!


Dá vómitos agora olhar para ela
que tão bonita foi quando a esculpiram
em bronze e barro, tão formosa e bela!


Ainda há pessoas de provecta idade
que deste jeito fascinante a viram
e por ela suspiram… com saudade!


          João de Castro Nunes


                   

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