Soneto nº 1.300
A República
Que linda era a República de
início,
figura de mulher escultural,
sem pinta de impureza facial
nem sombra de pecado ou qualquer vício!
Depois, no que ela deu, meu Deus do céu!
tornou-se um estafermo debochado
com mazelas de pus por todo o lado,
ocultas por detrás de espesso véu!
Dá vómitos agora olhar para ela
que tão bonita foi quando a esculpiram
em bronze e barro, tão formosa e bela!
Ainda há pessoas de provecta idade
que deste jeito fascinante a viram
e por ela suspiram… com saudade!
João de Castro Nunes
Sem comentários:
Enviar um comentário