Sempre menina e moça
A Coimbra da minha mocidade
patente já se encontra na gravura
que a Biblioteca da Universidade
diz ter duzentos anos porventura.
Em forma de presépio, alcandorado,
pouco terá mudado o casario
que se debruça, como no passado,
sobre as águas bucólicas do rio.
Suponho que teria o mesmo aroma
que desde o tempo imperial de Roma
persiste em perturbar-nos os sentidos.
Repetem-se os cortejos coloridos
das borlas e capelos desfilando
ao som da charamela no comando!
João de Castro Nunes
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