Presente ausência
Levou-te a morte do meu lado, amor,
e nunca mais eu pude ver teu rosto,
tocar-te com as mãos, sentir-te o gosto,
inebriar-me… com o teu odor.
A morte é isso e nada mais do que isso,
ausência corporal, fisicamente,
pois quanto ao mais eu sinto-te presente
à minha volta, amor, apesar disso.
De nos tocar deixamos desde então,
ninguém nos vendo mais andar nas ruas
de braço dado ou dando-nos a mão.
Mas, em contrapartida,
ambas as duas,
as nossas almas, seja noite ou dia,
uma à outra se fazem…companhia!
João de Castro Nunes
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