domingo, 15 de abril de 2012


                               Indra e o dragão


                  Os deuses voltam sempre, triunfantes,
dê lá por onde der; sempre assim foi:
hoje, amanhã, agora como dantes,
há sempre um deus na pele dum herói.


Assim é que este mundo se constrói
em tremendos combates alternantes
entre o dragão que a alma nos corrói
e os deuses que estão sempre vigilantes.


Embora em linguagem figurada,
isto traduz a luta inacabada
do ser humano contra a prepotência.


Nunca os dragões acabarão de vez
mas hão-de encontrar sempre resistência
da nossa parte e de algum deus… talvez!


           João de Castro Nunes

1 comentário:

  1. Os dragões foram bens de estimação,
    e responderam parte de toda criação.
    Fora em aspectos, também combatentes
    e ao descente, por aparência resistente.

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