terça-feira, 24 de abril de 2012


                                 Forasteiro!

                         (Ode torguiana)


                   Tirando o Hospital, filho das Musas!
                   não me lembro de ver-te em Arganil,
                   fosse na praça ou ruas mais escusas,
                   mesmo depois do renascer de Abril!


                   Nunca te vi nas festas ou nas feiras,
                   nas romarias ou nas procissões,
                   nunca bailaste sobre o chão das eiras,
                   jamais te vi nas salas das sessões!


                   Nunca assististe às minhas conferências
                   nem nunca entraste no museu do Canho
                   para ver do passado as referências!


                   Nunca foste à Senhora do Mont’Alto
                   ali tão perto, nada mais que um salto:
                   que arganilense és tu, de que tamanho?


                            João de Castro Nunes

1 comentário:

  1. Por vezes, surpresa! Donde nasce a sanga
    leva-se a cercanias, avizanha-se aos montes,
    faz-se ribaira e vislumbra dos horizontes!
    Vai no chiado um carro de boi, a canga.

    ResponderEliminar