sexta-feira, 13 de abril de 2012



                            Devaneio poético


                  Um dia, “honoris causa”, hei-de sentar-me
                  nos cadeirais da sala dos capelos,
                  ouvindo um douto lente elogiar-me
        pelos meus versos cultos e singelos.


Ao som da charamela secular,
ante os archeiros a rigor fardados,
responderei de forma singular
lendo poemas meus… seleccionados.


O que não consegui pela ciência
devido às ambições de outros colegas
de bem menor saber e inteligência,


                  por distinção meus versos mo darão,
sem tricas, diatribes e refregas,
                  pelas razões tão-só… do coração!


           João de Castro Nunes




                  
                   

2 comentários:

  1. A pureza do coração, nada nega.

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  2. A pureza de coração, concentra aptidão.

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