domingo, 25 de março de 2012


                          Voltar à mão dada


                   Morrermos juntos, como tu falavas,
                   a minha mão na tua apertadinha,
                   ao fim do dia, já pela tardinha,
                   era assim, meu amor, que desejavas.


                   Só que não foi assim que Deus o quis,
                   pois te levou sozinha, à minha frente,
                   sem se importar comigo, de repente,
                   negando-me o direito a ser feliz.


                   Resta-me apenas esperar que em breve
                   de mim se compadeça e que me leve
                   para o mesmo lugar… onde estarás.


E de mão dada, respirando paz,
permita que não mais nos separemos
como um dia ao casar nos prometemos.


   João de Castro Nunes
                  
                   

3 comentários:

  1. Essa saudade não pode ser...
    O desapego é importante!
    Que interessa sofrer a viver
    Se tudo acaba num instante?

    (Agora, ler com a acentuação marcada)

    Melhor é não ter amores
    E viver com os barbáros
    Subir às arvóres
    Para matar os passáros.

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  2. Eu sei, Mestre, eu sei. Admira-me, não é verdade? Também me acontece.
    Sempre que o ler triste venho aqui com a minha simples mente irritá-lo.
    Quero que não chore o leite derramado, que beba um copo fresco todas as manhãs e sinta a vacuidade de ser humano.
    :)

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