terça-feira, 20 de março de 2012



                                  Reivindicação


                   Sonetos como os meus, nunca ninguém,
                   nem Dante nem Petrarca, os escreveu:
foi certamente um dom que o céu me deu
com tudo o que de ingrato ele contém.


As horas passo os termos escolhendo
que melhor traduzindo o meu pensar
possam também sem dúvida alcançar
a perfeição da forma… que pretendo.


Nem mesmo aos brasileiros cedo o passo,
sejam Bilac, Vinicius de Morais
ou quaisquer outros astros do Parnasso.


Uma excepção somente eu abriria
para Camões, que dentre os imortais
é meu farol, o meu modelo e guia!


        João de Castro Nunes


                                                                 



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