Perder o
medo!
Mesmo ante um pelotão de execução
há que perder o medo e afrontar
de peito feito quem nos quer tirar
de criatura livre… a condição!
Levem-me tudo, a casa, o carro, os trapos,
o parco vencimento e, se calhar,
as toalhas da mesa e os guardanapos,
mas não me impeçam nunca de pensar!
Amordacem-me a boca, se quiserem,
prendam-me os braços, sem poder mexê-los,
atem-me os pés e puxem-me os cabelos,
mas por favor, se assim o entenderem,
deixem-me o cérebro em actividade
para gozar… por dentro… a liberdade!
João
de Castro Nunes
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