O teu Taj-Mahal
para as suas amadas os monarcas;
mandem talhar incorruptíveis arcas
para guardar seus corpos extremosos;
dediquem-lhes marmóreos monumentos
e depositem neles os seus ossos,
relíquias vãs, efémeros destroços
de acendradas paixões e sentimentos;
tudo consigo o tempo há-de levar,
tudo em poeira se há-de transformar,
seja qual for o rumo do universo:
só o teu mausoléu vai resistir
por em memória tua consistir,
não em dourada pedra, mas em verso!
João de Castro Nunes
Mestre, não percebi. Tem estes sonetos publicados ou gosta de deitar pérolas a porcos?
ResponderEliminarCara F. W.: Tirando cerca de meio milhar, distribuídos por treze publicações em edições de autor, fora do mercado, só para amigos, todos os sonetos deste blogue são rigorosamente inéditos. O último, ou seja, "O teu Taj-Mahal", tem o nº de 1074. Quanto aos porcos, o mal... é deles! Felizmente, para mim, que não é o seu caso! Aceita... ser arminho? JCN
ResponderEliminarOinc! Oinc! Oinc!
ResponderEliminarA minha pele não é macia, venho dos trópicos e não sou nobre. Não conseguiria enfiar os meus pés em elegantes saltos altos sem tropeçar continuamente. Não conseguiria pronunciar corretamente a língua de Camões sem que os Lusíadas naufragassem para sempre.
Estou habituada às lianas, ao cheiro da terra e à chuva noturna. Acho que não conseguiria civilizar-me e só Iria causar-lhe desgostos.
:)