Mea culpa!
o meu maior pecado foi por certo
as mais das vezes
não te ter aberto
de par em par, Senhor, meu coração.
Não te prestando a mínima atenção,
fora as ocasiões de grave aperto,
lamento, agora, sem já ter conserto,
a nossa ausência de conversação.
A pretexto, Senhor, de me ocupar
das pequeninas coisas da existência
eu fui-te pondo em último lugar.
Meu erro foi, já desde a adolescência,
abster-me de contigo conversar
com mais assiduidade e frequência!
João
de Castro Nunes
Ainda bem que reconheces... Senhor...
ResponderEliminarEm verso, pelo menos, Senhora! De resto, para fingidor, acho que o Pessoa(s) foi suficiente, ocultando-se atrás dos heterónimos, cada qual mais copofónico. JCN
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