quinta-feira, 22 de março de 2012


                                   Mais ar!

                           (Ode torguiana)


                   Sem a tua presença corporal
Coimbra, Miguel Torga, esmoreceu:
eras o seu Camões, o seu Orfeu,
no que respeita à época actual.


Faz falta o teu perfil esgrouviado
à porta dos cafés e livrarias
alheio por feitio a cortesias
ainda que de um alto magistrado.


Estavas fora manifestamente
do trivial bulício citadino
da Baixa, indiferente a toda a gente.


Coimbra estava a leste do teu génio
que tinha precisão, como imagino,
de uma maior riqueza de oxigénio!


           João de Castro Nunes

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