M Ã E !
Chamada Inês de Castro… secamente,
o amor que tu me deste foi tão terno
que tudo o que de bom me vem à mente
se cifra no vocábulo... “materno”.
Em
vão não foi que assim te baptizaram
com nome de matéria literária,
pois desde logo te vaticinaram
uma existência em tudo extraordinária.
Encostando a cabeça no teu braço
até dormir, deitado em teu regaço,
quantas palavras doces te escutei!...
Sublime foi o teu amor, ó Mãe!
Degrau acima apenas o achei
n’ Aquela que por mim foi mãe também!
João de
Castro Nunes
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