“O Justo dos Justos”
O cônsul Sousa Mendes conhecido
por montes de judeus ter arrancado
às câmaras da morte, condoído,
foi pura e simplesmente exonerado.
De nada lhe valeu ter apelado
e éticas razões ter aduzido:
o caso fora já sentenciado,
estando desde logo demitido.
Como será possível sem salário
catorze filhos sustentar sem ter
para o efeito o ganho necessário?!
Que fim de vida teve tão cruel:
doente e pobre, à beira de morrer,
pediu que o amortalhassem de burel!
João de Castro
Nunes
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