domingo, 26 de fevereiro de 2012


                            “Não vou por aí”


                   Se a metáfora fosse só por si
                   a própria poesia, desde logo
                   com base neste género de jogo,
poetas não faltavam por aí!


Quantas coisas se dizem sem sentido:
cabelos de água, espelhos de cetim,
rosas de neve e sonhos de marfim,
                   a criação do mundo… em diferido!


                   Belíssimo! os críticos diriam:
                   versos desta craveira mereciam
                   ser postos em redoma ou cristaleira!


                   Os meus, porém, não são desta maneira:
são de índole diversa, tendo em vista
a limpidez do espírito humanista!


           João de Castro Nunes

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