As minhas Índias
por natureza aberto à terra inteira
plantei de cruz na mão minha bandeira
entre populações de outro jaez.
Amei, rezei, fiz versos e poemas
a quantas deusas pelo mundo achei
nos vários continentes que habitei
sem perturbar por norma os seus sistemas.
Mais do que a língua que falamos todos
e se vai corrompendo dia a dia
por força da alcançada autonomia,
por lá deixei ficar, de muitos modos,
a minha inapagável faculdade
de conviver com toda a humanidade.
João
de Castro Nunes
Sem comentários:
Enviar um comentário