Amor-próprio
“Morre lentamente quem destrói o seu
amor-próprio”
Pablo Neruda
Quem não tem amor-próprio nada tem:
é como um trapo de limpar o chão,
uma coisa qualquer, um cidadão
que não desperta a estima de ninguém.
Ter amor-próprio é possuir-se brio
perante o infortúnio e o sucesso,
é ter carácter, é manter-se avesso
a quanto cheire a ignóbil compadrio.
O resto é acessório, é secundário,
é circunstancial, desnecessário,
que não me importaria de perder.
.
Mas deixem-me ficar minha auto-estima
que indiscutivelmente ponho acima
do pão que como… para não morrer!
João de Castro Nunes
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