Afinidades
em tratar delas, como tu fazias,
as tuas violetas que esmerado
abrigo do calor todos os dias,
vão com saudades tuas definhando,
pois não lhes sei falar nem compreender,
vendo-as constantemente estiolando
sem ser capaz, amor, de lhes valer.
É que eu não tenho, amor, o teu condão
de conversar e de estender a mão
a tudo quanto é bom na natureza.
Além de uma enormíssima beleza,
Deus te dotou da sensibilidade
que tem consigo próprio… afinidade!
João
de Castro Nunes
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