terça-feira, 21 de fevereiro de 2012


                                    Ad astra


                   Um mar de sonhos foi a minha vida,
                   qual deles da mais alta envergadura,
                   uns consumados, outros porventura
                   em fumo convertidos… à partida!


                   Eu sempre os pus ao nível das estrelas,
                   nas suas ígneas chamas me aquecendo
                  e de qualquer maneira pretendendo
                   em luz  acaso competir com elas.


                   Talvez fosse esse o meu tremendo azar,
sonhar alto demais, com a ambição
de à sua imensa altura me guindar.


Se nunca as alcancei senão sonhando,
resta-me ainda, pois, a sensação
de em sonho as atingir de vez em quando!


              João de Castro Nunes

Sem comentários:

Enviar um comentário