De azul se veste a minha poesia,
azul da cor do céu e da turquesa,
a presuntiva cor da fidalguia,
o azul que é apanágio da nobreza.
Azul e branco como foi um dia
o campo da bandeira portuguesa
ou como a sacra veste de Maria,
a cujos pés a cristandade reza.
Se alguma vez meus versos se vestiram
de qualquer outra cor, foi por desvio
ocasional ou circunstancial
do meu temperamento natural,
tudo fazendo crer que traduziram
um mero ou episódico extravio!
João de Castro Nunes
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