Que belo, meu amor, era no Minho,
nos arraiais dos santos padroeiros,
vejar a devoção do zé-povinho
diante das imagens dos santeiros!
Que lindo era também ver os andores
aos ombros de possantes mocetões
passar ornados de papéis de cores
em lentas e morosas procissões!
E que dizer dos arcos enfeitados
para neles passar Nosso Senhor
como se fossem pálios de brocados!
Sendo beiroa, pelas novidades,
tu deliravas mais do que eu, amor,
acostumado a tais festividades!
João de Castro Nunes
Sem comentários:
Enviar um comentário