quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Uma beiroa no Minho

Que belo, meu amor, era no Minho,
nos arraiais dos santos padroeiros,
vejar a devoção do zé-povinho
diante das imagens dos santeiros!

Que lindo era também ver os andores
aos ombros de possantes mocetões
passar ornados de papéis de cores
em lentas e morosas procissões!

E que dizer dos arcos enfeitados
para neles passar Nosso Senhor
como se fossem pálios de brocados!

Sendo beiroa, pelas novidades,
tu deliravas mais do que eu, amor,
acostumado a tais festividades!

João de Castro Nunes

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