Calou-se em nossa casa, ó meu amor,
a tua doce voz e, desde então,
no seu desconsolado interior
reina uma dolorosa solidão!
Sentados à camilha, frente a frente,
as mãos nas mãos, deixámos de dizer
de parte a parte, alternativamente,
palavras que não são para esquecer.
Elogiava-te eu… pela ternura
da tua meiga forma de sorrir
e tua face cheia de candura.
Tu… me dizias vezes sem contar
que nunca houve mulher nem há-de vir
que tanto alguém fosse capaz de amar!
João de Castro Nunes
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