Todos os dias Portugal desperta
com a entranhada e mítica ilusão
de ser a hora prometida e certa
de estar de volta… D. Sebastião.
Todas as noites Portugal se deita
após mais uma atroz desilusão,
que logo vence e novamente aceita
que está no mito a sua salvação.
Há que pôr termo a este despautério
e recobrar nossa auto-confiança
desfeita em névoa pelo Rei-criança:
que volte, pois, o Rei-menino, já,
neste serão, na próxima manhã,
que venha pronto, mas que seja a sério!
João de Castro Nunes
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