sábado, 31 de dezembro de 2011

Poética morada

Enquanto eu vivo for, todos os dias,
na igreja do convento franciscano
será rezada missa todo o ano
por alma tua, como tu querias.

Ao pé do cemitério onde descansas
e onde eu decerto ficarei também,
o conventinho está, donde provém
um místico arrulhar de pombas mansas.

Lá professou Fernando de Bulhões,
o nosso Santo António de Lisboa,
mas, em primeira mão, dos Olivais.

Vê lá tu, meu amor, que coisa boa
vai ser os dois ficarmos em covais
juntinhos escutando os seus sermões!

João de Castro Nunes

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