quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Permanência

Partiste, amor, mas não te foste embora,
permanecendo sempre ao pé de mim;
sempre senti, por esse mundo fora,
teus passos de veludo e de cetim!

Sempre comigo te sentaste à mesa
para me acompanhar nas refeições,
compartilhando a meias a despesa,
nunca questão fazendo dos tostões!

No nosso leito de perfil antigo
nunca deixaste de dormir comigo
um sono repousante em paz com Deus!

Nem sempre um lenço, amor, dizendo adeus
implica a ideia de separação
nos domínios que são do coração!

João de Castro Nunes

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