Senhora dona morte, quando for
a altura de eu subir ao cadafalso
de tronco nu, sem túnica, descalço,
dá-me um golpe certeiro com vigor!
Da minha parte, em reciprocidade,
terei numa das mãos para te dar
pelo serviço que me irás prestar
uma jóia de grande qualidade.
É peça muito antiga que eu herdei
dos meus antepassados e guardei
para este fim, como é da tradição.
Apenas tens de proceder na altura
com muita agilidade e prontidão
por forma a eu tombar com compostura!
João de Castro Nunes
A jóia é um relicário em desenho a gravura,
ResponderEliminarninguém tomba um Poeta! Nem morte, nem seta.
O talento equivale e figura, és nome bravura?!
Valha-te gênio, espalha-te de fronte, erecta.